quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ufa! Mas se não for comentar não leia: economizamos tempo e apurrinhações


Desculpem-me. É... Um sujeito indeterminado é necessário para tentar explicar este vazio mensal que se fez este blog nos últimos 30 dias, não sei ao certo se escassez de criatividade, mas desânimo com a nulidade de comentários da última postagem foi fator determinante - além da guerra fria existencial que passo, levar essa bipolaridade faculdade x cursinho pré-vestibular sem armamento bélico para desestressar não é missão fácil. Bem, não sei o que vou escrever a seguir; não é grave, porém, o problema: ninguém lê esta merda mesmo. O que há de ser uma defecadinha textual para quem convive com o desarranjo da indiferença cibernética? Niente!



Vi nesse fim de semana Tropa de Elite. Wagner Moura é o cara (fudeu com a Globo e não renovou!), fez o Nascimento (corruptível nas práticas nada humanas de investigação) sair glamurizado do filme junto com o Neto (Caio Junqueira renasceu para a mídia - a merda é que ele vai fazer galã para a nova novela da Globo, até porque ele não pode dar uma de gostoso como o Wagner senão ele morre de fome - nada é perfeito) e o Matias (o melhor do filme in my point a view , também favorecido pelo papel de esculachador da classe média) que teve destaque no longa-metragem. Bater em um "playboy" traficante durante uma passeata classissista, ao passo que o Capitão Nascimento narrava com maravilhas a cena: "passeata de paz só existe quando rico morre", foi um dos orgasmos que tive com a película. Excelente! Está aí a prova para quem ainda desconfia do cinema nacional, com a mesma burrice de quem nunca viu um Glauber Rocha. Conhece, né? Já ouviu falar mas nunca viu um? Aham, sei.


Mas a cagada ficou com o Ministério da Cultura que, por questões políticas mesquinhas, lançou como candidato tupiniquim ao Oscár do ano que vem o filme de Cao Hamburguer "O ano em que meus pais saíram de férias". Não. Não é o Castelo Rá-Tim-Bum Reloaded. Trata-se sobre a ditadura militar brasileira. Sacou a jogada? Quem que o pessoal de vermelho vai mandar para nos representar, mais um filme esmagando a cidade maravilhosa (prejuízo turístico? haha) ou outro para auto-glamurizar quem hoje comanda o país?


Não... preconceito meu, né? Isso na verdade deve ser estratégia do Lula: mandar o Hamburguer para a terra do McDonald's pode dar certo, jogada de "marquetim" do presidente. Desculpe. A piadinha foi inevitável.

sábado, 8 de setembro de 2007

O (mau) humor da Globo


Sábado não se tem muito o que fazer, quando está sem dinheiro, claro. Mas até que meu dia fora agitado, futebol com amigos, sol na piscina e violão no fim da tarde me proporcionaram certa ocupação. Agradável. E a noite? Nada. Rodei e rodei os canais e nada de interessante. Limitei-me e parei na Globo, logo depois da novela – o que no sábado equivale-se a Zorra Total. Assisti-lo por completo a fim de aniquilar de vez com a depressão que se aproxima nessas horas, e a catarse foi inevitável: chorei. É o que todo mundo já sabe: a Globo anda com um mau humor dos diabos!
Nada escapa. Zorra Total é só um exemplo. Casseta e Planeta já decaiu no gosto popular faz tempo e o Jô Soares prefere refugiar-se no seu tradicional talk show. Nada que a emissora tente promover a caráter cômico funciona. E a pergunta fica martelando, o que aconteceu com o humor da Globo?
Há 10 anos no rádio e há 4 na televisão, o programa Pânico tem sido a new wave das gargalhadas nacionais. O casting é composto por humoristas garimpados, um produtor, uma ex-bbb muito gostosa e um experiente jornalista que comem gordas fatias do bolo da audiência dominical, antes exclusivo aos apresentadores Fausto Silva e Augusto Liberato. O sucesso do programa da Rede Tv! É invegável, todos conhecem o Vesgo e o Silvio, a Sabrina, o Mendigo, o Bola e por aí a fora. E outra pergunta se faz também, o que o Pânico tem que a Globo não tem?
Para poupar linhas, minha paciência e seus olhos, respondo as duas perguntas numa tacada só: evolução humorística. O Pânico faz sucesso com uma fórmula muito simples: enche o saco dos famosos, fazem eles passarem por situações ridículas e, o pior, são adorados por todos. E quem são os famosos ridicularizados? Pimba! Os famosos da Globo. O Pânico avacalha com o lado “b” da emissora carioca, pegam os famosos de saia justa e produzem um original reality comic. A Globo, ainda vestida de seriedade extrema, ficou para trás justamente porque não pode fazer uma auto-depreciação daquilo que cria, não pode perseguir o Galvão Bueno a fazer a “Dancinha do Siri” pois, se ela realmente quisesse, mandaria o Galvão fazer e pronto. A graça do Pânico está na dificuldade que eles têm em não serem os primeiros, os melhores. Aquela coisa brasileira de torcer para quem está perdendo. E por isso são líderes de audiência, ainda que o Ibope diga o contrario, no domingo. Enquanto isso a Globo mofa sua estrutura cômica com péssimos textos, desatualização e com uma múmia chamada Maurício Sherman no comando. Ah, ainda bem que amanhã é domingo...

domingo, 19 de agosto de 2007

A imprensa americana e Walter Cronkite



Li dia desses, uma entrevista com um dos maiores jornalistas especializado em Oriente Médio da atualidade e o principal correspondente de guerra do mundo: o britânico Robert Fisk, que dos seus 61 anos, mora há 31 no Oriente Médio. E é um craque quando o assunto é cobrir guerra. A entrevista não focou apenas um assunto; a melhor análise, porém, ficou quando ele deu sua opinião sobre a imprensa americana: “Os repórteres americanos são guiados pelo governo”. E olhe que quem fala é um inglês da gema! Fisk disse que os correspondentes de guerra norte-americanos baseiam-se em releases e em jornalistas locais que vão para o front para redigir suas matérias. Eles não buscam a prórpia informação. Consultam demasiadamente as versões oficiais, Exército dos EUA, autoridades dos EUA, Departamento de Justiça dos EUA e por aí a fora. Qualquer jornalista de meia-tigela sabe que a melhor fonte está onde está o acontecimento, fonte ocular, essas coisas. Mas nenhuma novidade. A imprensa americana cultiva uma cultura interesseira e muito ridícula: lá, os jornalistas gabam-se de participar de reuniões exclusivas da alta cúpula do governo, ser “amiguinho de Secretário de Segurança”, ter os tais off’s que outro não teria. Ou seja, para ser amiguinho do governo e ter as tais informações inéditas, não dá para meter o pau na política do país. Uma triste realidade que desvirtuou a função do jornalista (além de informar) de criticar o que há de errado. E pergunto-lhes: de onde veio essa cultura? Uma das respostas possíveis certamente é: Walter Cronkite (foto).
Aos desavisados, ele é considerado o maior telejornalista americano de todos os tempos. Comandou durante 19 anos (entre fins de 60 até meados de 80) ininterruptos o noticioso The CBS Evening News with Walter Cronkite que arrebatava a audiência, nunca deixou de ser líder, e foi pioneiro na ancoragem de um telejornal – suprir as funções de apresentador e editor-chefe ao mesmo tempo. Quero dizer: Mário Motta não é âncora.
Muitos pensam, os que o conhecem pelo menos, que é herdeiro do estilo Edward Murrow – aquele perseguido pelo macarthismo da década de 50, Good Nigh and Good Luck –, é justamente o contrário. Cronkite não era de afrontar o governo, envolver-se em acirradas questões políticas e sofrer perseguições como Murrow, mas teve grande importância para a origem da bajulação jornalística americana aos seus políticos, Walter Cronkite participava efusivamente dos bastidores da política americana. Ou seja: não ia contra o governo. E mesmo assim é considerado o maior de todos os apresentadores pela sua imposição defronte as câmeras, seu olhar congelador e adquiriu o status de que tudo o que falava era verdade: Walter Cronkite não mentia. Pura bobagem. A melhor definição de Cronkite que já escutei foi durante o programa Manhattan Connection pelo jornalista Paulo Francis. Quando perguntado por Lucas Mendes se Walter Cronkite era o leão ou a raposa da imprensa americana, ele, com seu habitual sarcasmo, disparou: para mim ele é o pinto. Walter não omitia opinião própria, era um pau mandado do governo. Sou muito mais o Edward. Não é à toa que ele teve um filme premiadíssimo a seu respeito. Sem Walter o rumo do jornalismo americano poderia ser muito melhor (sem citar os interesses das emissoras, claro), mais honesto e menos baba ovo. Pior para nós. E para Robert Fisk.

sábado, 4 de agosto de 2007

Everybody wants Scissor Sisters


Parecia, a mesmice e o marasmo, o derradeiro epílogo da atual e decadente fase do rock n’roll. Sem novidades impregnantes que nos fizessem sair da poltrona pensante que é a mente nesses tempos de som industrializado (leia-se: música de consumo proletário), enfim surge aos nossos ouvidos uma nova proposta artística: o Scissor Sisters. Talvez seja até prepotência minha querer defini-la como rock, ou denominá-lá apenas num estilo; eles conseguem a proeza de poucos e geniais músicos, quebrar barreiras. Andam do rock para o pop num pulo, experimentam como ninguém a música eletrônica e agradam crianças e adultos; gerando, infelizmente, discordâncias na preconceituosa faixa adolescente. Pois desprovidos de segurança não possuem personalidade própria.
O Scissor Sisters, proveniente de New York, já está no segundo álbum (Scissor Sisters – Ta-Dah, 2007). Nesse álbum destacam-se os hits Kiss you off e I don’t feel like dancing, essa incessantemente nas rádios e aquela a exaustão na MTV com um clip instigante, sobre a padronização de beleza – em recomendação pessoal, cito a faixa de encerramento Everbody wants the same thing, excepcional! Eles surgiram em 2004, com o hit Take your mama (que fala sobre filho e mãe que vão a uma balada juntos), excelente som, ganha pistas de danças e cifras de violão ao mesmo tempo, algo impossível até então. E estão ganhado fãs a cada dia que passa. Duvida? Não é à toa que a banda americana faz, até, mais sucesso na Grã-Bretanha do que no próprio país. Por motivo muito simples: o SS não é mais daqueles dances que não querem dizer nada, aliás, a banda, vem com uma ideologia desafiadora, ou não, para seus gestores mercadológicos: é uma banda sinceramente gay.
Enganou-se quem pensou em “Irmãs-Tesoura” como tradução à alcunha do grupo – segundo Ana Matronic, a definição vai além: “essa é uma expressão americana como duas lésbicas transam”, diz a vocalista da banda, acompanhada por Jake Shears, o outro vocalista do grupo, também homossexual como Ana (ou, ela, bissexual?). Bem, isso é o que menos interessa. Não sou gay e sou fã da banda. Ouvir Scissor e entendê-los, principalmente aos homens que possuem maior ojeriza aos homos, desnecessita de algo simples: preconceito.
Scissor Sisters possuem influências diretas, e descaradas, como os falcetes dos Bee Gees, a irreverência de David Bowie, um pouco de Duran Duran e se aproxima de um som feito pelo Jamiroquai, mais desafiador e rock n’roll, porém. Dispam-se seus ouvidos e escutem a nova onda da música mundial: Scissor Sisters!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Amnésia a insônia




_ Humm... Meu deus, onde estou?
_ Ufa! Que susto Luís. Gente, gente, o homi acordou!
_ Ah... Tudo gira... Quem são vocês? Por que toda essa gente engravatada aqui, doutor? Nem pertencem a minha família! Como estão no meu quarto?
_ Desculpe Senhor, se achar mais conveniente peço que eles o aguardem na ante-sala.
_Ante-sala? Que isso, até parece casa de rico – deixou escapar um riso de canto labial, o baque fora muito forte.
_Doutor, o que aconteceu comigo?
_Bem Luís, você bateu a cabeça violentamente. Uma amnésia momentânea pode estar afetando o senhor, porém já foste medicado devidamente, teu desmemorio é passageiro.
_Ahn! Tá tá, chama minha mulher, por favor.
_ Marisa, ele está te chamando.
Marisa adentra ao espaçoso quarto, vai em direção ao marido e paraliza-se por uma inesperada interjeição de Luís:
_ Ahhhhhhhh! Que isso mulher? Marisa, amor, é você?
_ Sim meu barbudinho, sou eu.
_ Mas o que houve com seu rosto?
_ Ahh bem, foi a plástica que você me deu de presente, lembra?
_E eu tenho dinheiro pra isso? Nós sempre fomos humildes!
_ Isso é passado bobinho. Queres saber das novidades?
Infeliz interrogação. Ao mesmo tempo, um ancião, beirando a falência física; já, porém, o raciocínio lógico (esclerose?), inocula-se esbaforidamente no recinto:
_ Cabum! Cabum! Um avião caiu! Lá em Congonhas; explodiu tudo; todo mundo morreu! E estão colocando a culpa no presidente...
_ Calma Waldir – tentava amenizar, Marisa.
Parecia, o dia, saído daquelas (trage)comédias pastelão: outro, Carlos, com um bonequinho em forma de sol na mão, entra e diz:
_ Gente! Descobriram que desviaram um monte de dinheiro do PAN, que aquele papo de patrocínio privado era furado e foi tudo feito com verba pública! E agora? E estão colocando a culpa no presidente...
_ Ai Carlos, acalme-se você também! - diz a mulher.
Luís, que aos poucos recuperava a, já enfraquecida, memória, estava em estado de choque com tanta notícia ruim em tão pouco tempo. Franziu a testa, cerrou o punho esquerdo e esbravejou:
_ Meus companheiros, e vocês ainda ficam impressionados? Nunca se viu tanto na história deste país o descaso tomar conta do governo. As criancinhas sem escola e com fome, o pai sem trabalho e com fome e a corrupção não pára um segundo. Eles nunca saem do poder. A população precisa ser escutada, eles estão cobertos de razão: Abaixo FHC!
Todos ficaram pasmados. Até Marisa conseguiu alterar o resto de expressão que sobrara em sua botulista face. O Doutor tratou de fechar a porta, indo para fora, claro. Waldir e Carlos, perplexos, sentaram na cama, olharam-se, pousaram a mão sobre as costas de Luís e disseram mansamente para que o baque não piorasse:
_Lula, agora você é o presidente!

sábado, 14 de julho de 2007

A fraude do mito


As circunstâncias, muitas vezes, fazem vencedores os afortunados com a sorte e eles acabam por contar a história às gerações futuras. E não obstante a afirmação, fez-se, mais uma vez, a distorção de fatos ocasionistas em verdade irredutível – afimada pelas instituições competentes e repassada às salas de aula para seu ensino –; desmentida, todavia, com o tempo (como toda a mentira tem perna curta, lembro-me de um clichê da infância) e a constatação aparece: Albert Einstein é uma fraude. O (falso) inventor da Teoria da Relatividade e premiado pela sua (errada) Teoria do Efeito Fotoelétrico, Prêmio Nobel de Física no ano de 1921, foi por todos esses anos, e ainda é, por claro interesse, venerado como o pai da física moderna e tido como uma das mentes mais brilhantes que a humanidade já presenciou. Dotado de nítida arrogância, típico do falso intelectual, o cientista judeu quando em terras brasileiras falou, ainda, que este povo era primitivo e ignorante, alardeando aos quatro quantos nunca mais pisar em terras tupiniquins. Mas como o acaso não é mera coincidência, e faz jus aos erros humanos, Einstein foi desmascarado pelo cientista brasileiro César Lattes (1924 – 2005) - foto. Natural de Curitiba, o cientista premiado pelas suas descobertas, afirma em entrevista os equívocos cometidos pelo alemão durante suas pesquisas no início do século passado. O trecho a seguir foi retirado do periódico Diário do Povo de Campinas, do dia 5 de julho de 1996:



(....)

César Lates — Einstein é uma fraude. Ele não sabia a diferença entre uma grandeza física e uma medida de grandeza. Uma falha elementar.


D.P. — E onde exatamente ele cometeu a falha da qual o senhor está falando?

César Lattes — Quando ele plagiou a Teoria da Relatividade do físico e matemático francês Henri Poincaré, em 1.905.
A Teoria da Relatividade não é invenção dele. Já existe há séculos. Vem da Renascença, de Leonardo Da Vinci, Galileu e Giordano Bruno. Quem realizou os cálculos corretos para a Relatividade foi Poincaré.
A fama de Einstein é mais fruto do seu lobby do que do seu mérito como cientista.
Ele plagiou a Teoria da Relatividade. Se você pegar o livro de História da Física, de Whittaker, você verá que a Teoria da Relatividade é atribuída a Henri Poincaré e
Hendrik Lorentz.
Na primeira edição da teoria da relatividade de Einstein, que ele chamou de Teoria da Relatividade Restrita, ele confundiu medida com grandeza. Na segunda edição, a Teoria da Relatividade Geral, ele confundiu o número com a medida. Uma grande bobagem.


D.P. — Então o senhor considera a Teoria da Relatividade errada? Aquela famosa equação E=MC² está errada?

César Lattes — A equação está certa. É do Henri Poincaré. Já a teoria da relatividade do Einstein está errada. E há vários indícios que comprovam esse ponto de vista.


D.P. — Mas professor, periodicamente lemos que "mais uma teoria de Einstein foi comprovada"...

César Lattes — É a turma dele, o lobby, que continua a alimentar essa lenda. Tem muita gente ganhando a vida ensinando as teorias do Einstein.


D.P. — Mas, e o Prêmio Nobel que ele ganhou por sua pesquisa sobre o efeito fotoelétrico em 1.921?

César Lattes — Foi uma teoria furada. A luz é principalmente onda. Ele disse que a luz viajava como partícula. Está errado, é somente na hora da emissão da luz que ela se apresenta como partícula. E essa constatação já tinha sido feita por Max Planck.
(....)



A verdade sempre vem a tona. Os indícios são inegáveis e o mito Einstein já não deveria permanecer na cabeça da sociedade; se não possível, contudo, ao menos desregistrá-lo dos livros de história e física nas escolas pelo mundo todo já seria um primeiro passo para as gerações futuras saberem que Einstein não passa de um mero Albert e sim, César Lattes - que também descobriu a partícula atômica méson pi - é o verdadeiro nome a ser cultuado. Não há de ser, porém, um cientista brasileiro que americanos e europeus hão de venerar. Se fosse um jogador ("moreninho") de futebol, quem sabe.

terça-feira, 10 de julho de 2007

A orgia do Nuzman


Alguma informação enfim, já que de notícias também se faz este blog. A edição junina da Caros Amigos vem na capa com uma forte frase do jornalista esportivo Juca Kfouri (ver no post abaixo), referindo-se a suruba financeira promovida pelo COB para as construções do Pan 2007. Vamos aos fatos: Carlos Arthur Nuzman, o língua “prefsa”, presidente do COB, desvirtuou suas funções de promotor da inclusão social por intermédio do esporte a promoter de eventos esportivos de grandes portes – sem falar da péssima estrutura oferecida aos atletas brasileiros (diretores voam a primeira e pousam a cinco estrelas, uma vergonha). Nuzman organiza o Pan como uma festinha particular: entra quem ele quiser. Os convidados vêm sem licitações (necessárias para quem deseja organizar o evento), que vão desde a escolha da figurinista da delegação tupiniquim a quem gerencia medalhas e a distribuição de ingressos aos jogos do evento; palavras de Juca: “O Nuzman tem uma rede de pessoas em torno dele que ele favorece. Comecemos pelas ridículas: quem é a figurinista da equipe olímpica brasileira? Mônica Conceição. Quem é? Cunhada dele. Marcus Vinícius Freire, diretor do COB, representa a AON Seguros no Brasil e foi ele quem teve a licitação para fazer o seguro das delegações do COB. O mais grave é que o Nuzman é sócio do Alexandre Accioly, esse que é dono de tudo. Eles ganharam o direito de comercialização dos bilhetes do Pan-Americano.” Juca não se cansa e complementa: “Tem mais. A empresa que organiza a festa de abertura do e de encerramento, é ligada ao Accioly, que é sócio de Marcus Vinícius em uma outra empresa. Ou seja, é uma grande festa para um grupo pequeno.”
Os depoimentos são revoltantes, vista que grande parte das obras foi erguida com o dinheiro público, diferentemente anunciado pelo presidente do COB que a grande parcela ficaria com a iniciativa privada. Com superfaturamentos, licitações a amigos e pizzas é que o pan-americano do Rio está sendo promovido; estruturas faraônicas para receber as delegações olímpicas reservas dos Estados Unidos, Canadá, Cuba e por aí a fora.
Vale a pena comprar a revista e devorar a entrevista. Se não, vá ao link ao lado da Caros Amigos que lá encontra-se trechos. Juca Kfouri e José Trajano também divulgam seu blog A verdade do Pan 2007 cujo endereço é de mesmo nome. Aí está: http://www.averdadedopan2007.blogspot.com/.
Indignem-se!

domingo, 8 de julho de 2007

As penúltimas

De volta ao “acomentado” blog, uma vez que “a” seja um prefixo de negação. O último post, estava de veras melancólico, segundo amigos(as) solidários as minhas produções textuais e a atender seus suplícios, venho por via deste falar sobre algo mais rejuvenescedor. E nada mais prazeroso do que comentar sobre as novidades.
Penultimamente, meus caros, muita leitura. Nada em excesso, pois as férias me permitem gozar áureos tempos de inutilidade total: pés ao léu, winnig eleven e telejornais noturnos. Não que isto me impossibilite de gozar de outras formas; inútil, entretanto, não seria. As leituras, todavia, não as faço através de periódicos locais – muitas linhas e cansativas repetições do óbvio cotidiano. Exerço-as itinerantemente, variando os assuntos. No momento estou cercado de duas revistas e dois livros: Caros Amigos edição de junho, Rolling Stone deste mês e a biografia dos Titãs e as memórias de Paulo Francis, respectivamente. O mensal esquerdista traz na capa o escritor Gabriel Garcia Márquez, uma proeza! Mas a cima da foto do velho bigodudo está a frase desferida por Juca Kfouri (sem piadinhas para com o sobrenome): “ O Pan não serve pra nada”, acusando o eterno presidente do COB, o Nuzman, de ganhar dinheiro em cima do panamericano. Óbvia, e necessária leitura. Revista muito bem elaborada, exceto o Hamilton, comunista de dar pro Mao, justificar o fechamento da RCTV com outras não renovações anglo-saxônicas: incomparáveis. Na Rolling Stone ainda não pus os olhos nos textículos, mas vale dizer que na capa estão Keith Richards e o Depp, o Johnny.
Já que ronquenrrou foi citada, ao pronunciar o nome do sexagenário guitarrista, o livro que segue minhas leituras julinas é “A vida até parece uma festa”, a biografia da maior banda de roque brasileira; eram oito. Toda a trajetória discográfica, ofuscada pela obra prima Cabeça Dinossauro, está, de fato, impressa naquelas quatrocentas páginas – além das passagens bíblicas da banda punk paulista: Arnaldo preso, Sergio e Marcelo competindo quem imitava melhor um aspirador de pó, Belloto pegando a Malu e o Miklos dando uma de ator naquele filme que ele trepa com a Mariana Ximenez. Excepcional!
E como não deixaria de ser, as batatinhas ficam sempre para o final: O afeto que se encerra, memórias de Franz Paulo Trannin da Matta Heilborn, ou Paulo Francis. Comprei a publicação assim que vi e não me dei ao luxo de alongar esta leitura para depois dos Titãs. Jornalista e crítico de arte, o velho da fala teatral construiu carreira sólida dentre os formadores de opinião, sempre polêmico, sarcástico e muito, muito lido. Da época do Pasquim ao Manhattan Connection, Paulo, dotado do melhor humor negro, sempre foi contraditório e irritante – qualidades dignas dos inteligentes. O terror dos comunistas! Maravilha.
Enfim, a última é a palavra Prolegômenos: ou seja, início. Adoro dicionário. Ave Francis
!

domingo, 1 de julho de 2007

Meu presente e o som.


Adentrou o ano e mais um dia 23 foi festivo em fevereiro. Contra minha vontade, pois não sou adepto a comemorações no dia do meu nascimento. Churrasco, amigos, família e cerveja, tudo nos conformes de um ambiente agradável – exceto o momento dos parabéns, a melhor invenção para envergonhar o aniversariante. Eu odeio parabéns: interrompem-se as conversas, os olhares, deixa-se esfriar a picanha e a cerveja a esquentar, um horror. Enfim. Um artefato marcante de uma data comemorativa, entretanto, faltou naquele fatídico dia – não que eu dê muita bola para essas formalidades – o meu presente de aniversário, o dos velhos. Bah! Mas não foi culpa deles. Eu não sabia o que pedir, e foi acordado:
_ Quando escolheres algo, compramos para ti – disse meu pai.
Pois bem. E passou alguns dias, semanas, meses e nada. Até narguile pensei – aquela coisa que os árabes adoram baforar. Estava quase certo, era o narguile de presente. Eis que uma luz clareou a mente deste que vos fala e lembrei de um desejo antigo que me tomava fazia tempo e nada de realizá-lo: um tocador de vinil!
Retrógrado, talvez, para as normalidades da sociedade que se engana ao afirmar que evoluímos para o som digital, qualidade sem chiados e praticidade. Pobres terráqueos, mal sabem do verdadeiro significado do som, O som. Muito depende, no entanto, de suas variações musicais. Se você é daqueles que se limita às angustiantes poesias do pagode e aos arranjos cólicos de uma melodia sertaneja, pare imediatamente de ler este texto. Não foi feito para você.
Prosseguindo, o som vai além daquilo que simplesmente teus ouvidos escutam. Para apreciar um vinil é preciso ouvi-lo com todos os sentidos que deténs, principalmente o sexto. Um bom exemplo: Bilie Holiday. A nostalgia que um vinil de Bilie Holiday pode proporcionar é uma sensação única e agradavelmente acompanhada com um cigarro e uma fossa amorosa. O chiado do vinil é charme, ainda mais para a Bilie, que cantava amavelmente seus blues e jazz no começo da década de trinta do século passado. Um bom som deve reportar àquilo que o deu origem. E nada como um bom chiado de vinil para ambientar-se àquele tempo.
Viva o vinil!

domingo, 24 de junho de 2007

Caderno Agá do Zé


Sou fã do Mário Quintana. Tanto da sua obra quanto do seu estilo de vida - nunca casou-se, aproveitou a vida solitariamente e tomava todos os dias um café com quindim. Suas poesias, claro, ganharam meus olhos de primeira. Todos conhecem o "Poeminha do Contra" (foto), aquele outro do seu primeiro livro "Rua dos Cataventos", Da vez primeira, entre outras delícias. Melhores que quidim! Entretanto o Mário tem um livro que é único, onde registra todos os seus pensamentos, suas frases e seus contos: o Caderno H, uma das suas mais famosas obras - a qual não resisto em dar umas olhadelas sempre que necessito de alguma frase de efeito. Sem ser clichê.

E resolvi imitá-lo. Grafar, aqui, algumas das minhas frases prediletas (leia-se: as que lembro), as quais fico doses de uísque a fio para formulá-las. Pode ser uma série, ainda não decidi, mas aí vão as primeiras. Lanço meu plágio: o Caderno Agá do Zé!


Relacionamento
Uma feliz coincidência.

Brigas de relacionamento

Nem tudo é coincidente.

Solidão
Quando o silêncio incomoda.

Silêncio
Como resposta, incomoda muita gente.

Boate
Ambiente abafado, sem café, música desagradável. Ingresso caro, bebidas caras, gente barata.

Baratas
Contemporâneas dos dinossauros. Merecem nosso respeito.

Hugo Chávez
Revolucionário venezuelano de esquerda que pensa ser Simon Bolívar.

Panamericanismo

Que fique apenas no esporte. Pelo amor de Deus!

Os trapalhões
Didi: Fidel Castro, o mais velho e já perdeu a graça.
Dedé: Hugo Chávez, quer ser igual ao Didi.
Mussum: Lula, não está nem aí, quer mais é tomar uma pinga e ser feliz.
Zacarias: Evo Morales, puxa-saco de todos e acha que é engraçado.

Dos aeroportos brasileiros
Atrasar vôo é igual ao atraso menstrual da namorada. Se atrasar muito você se fode.

New wave
Pagode e funk carioca são as ondas do momento. Não vejo a hora do repuxo.

Música eletrônica
Quem inventou não conseguiu fazer pestana.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Deixa o homem trabalhar


Salve, salve Brasil desordem e retrocesso. Voltar ao domínio estrangeiro parece ser nosso fim, se é que já não estamos, amados compatriotas. Mais uma medida promíscua e corporativista do nosso mutilado presidente causou-me forte desarranjo moral e mais uma vez senti-me impotente em relação à política deste triste trópico verde e amarelo: o Lula aprovou um aumento salarial que chega até os 140% de reajuste para cargos comissionados, os chamados DAS (Diretoria de Assessoramento Superior). Logicamente, os ocupantes de cargos comissionados não precisam prestar concurso público, ao contrário dos demais servidores públicos, e sim pelo mais usual Q.I (Quem Indica). No caso os DAS são indicados por políticos. Que beleeeeeeeza!

Entenda melhor o reajuste, via MP, que o socialista, hahahahahaha, Lula deu aos amigos dos seus políticos e que não deu as demais camadas da população:

DAS nível 6: salário anterior - R$ 7.575, salário atual - R$ 10.448
DAS nível 5: salário anterior - R$ 6.363, salário atual - R$ 8.400
DAS nível 4: salário anterior - R$ 4.898, salário atual - R$ 6.396
DAS nível 3: salário anterior - R$ 1.575, salário atual - R$ 3.777


Só o nível três teve um aumento de 139,75%. E o salário mínimo? Vinte pila!
Esse reajuste vai custar cerca de 277 milhões de reais aos cofres federais. Apenas em 2007. No entanto, a partir de 2008, os gastos chegarão a R$ 475,6 milhões anuais.

Eu não sei quanto a vocês, amigos tupiniquins, mas penso que o Lula está cagando e andando para nós. Cagada, aliás, ele faz sempre, seja em suas analogias futebol/política ou nas medidas provisórias sem pé nem cabeça que ele aprova.
Lula vinha para mudar. Decepcionou e é pior dos outros que externavam suas merdas para a população. Ele me envergonha ao falar, me deixa irado quando discursa suas lavagens cerebrais às camadas mais baixas da sociedade, inventando, a eles, uma verdade mentirosa e a constante veneração da imagem “sô pobre, mas sô limpinho”.


Agora vou retirar-me.

Estou em apuros para esquecer de política brasileira.

O desarranjo está forte.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Boa Pedida

O cronista Mauricio Rodrigues de Souza Neto, conhecido pelo pseudônimo Gillus Boccattus e famoso por diversas crônicas publicadas em vários jornais do País, lançou no inicio do ano o livro Crônicas Brasileiras – as abomináveis classes sociais.
O conjunto de crônicas escritas por Gillus mostra-nos o ridículo do dia-a-dia do brasileiro, os absurdos que vemos por todo o Brasil e as abominações que estamos sujeitos a todo instante. De forma divertida, o autor faz uma critica social aos pretensiosos, aos narcisistas, aos arrogantes, aos prepotentes, enfim, a escória humana (não aqueles com baixa qualidade econômica, mas sim os de pouca humildade e muita ignorância, arrogância e outros adjetivos comuns a burguesia).
Boccattus segue uma linha de humor mais refinado, a exemplo do grande cronista Luís Fernando Veríssimo. As crônicas contam com ilustrações e são bem curtas. Rápido, fácil e gostoso de ler, é uma boa pedida para quem gosta do estilo. Já aqueles que abominam a leitura: Meus pêsames.





Vai o link do blog dele ai para galera que curte ler umas crônicas...
http://gillusboccattus.zip.net/index.html
Vídeo do Mauricio Rodrigues de Souza Neto...
http://www.youtube.com/watch?v=7CqxgfJfdr4

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Yeah! Rock brasileiro na área







Eles são feios, vestem-se fora dos padrões da moda (ufa!), tocam seus instrumentos formidavelmente bem e berram letras com um estridente vocal de Beto Bruno: eles são a Cachorro Grande, outra banda gaúcha no cenário roqueiro do país.
Até que enfim um bom e novo rock n’roll.
A carência era grande. País este que já teve em uma só década o surgimento de nomes como Raul Seixas, Rita Lee, Arnaldo Baptista e Ney Matogrosso no universo do rock nacional nos anos 70 e incontáveis adolescentes rebeldes fazendo música nos anos 80 como Titãs, Legião Urbana, Blitz, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Ira!, entre outros, estava cansado das tendências musicais dos anos 90 e princípio de novo milênio. Não irei comentar o sertanejo e nem o axé. Dispensa ofensas. Merecem apenas um parêntese para as bundas da Carla Perez e da Sheila Carvalho. Que bundas musicais!
Mas aí veio a Cachorro Grande. Sim, caros leitores, uma excelente banda de rock nacional, de novo. Vinda dos porões de Porto Alegre a banda já conseguiu emplacar vários sucessos como “Sexperience”, “Lunático”, “Você não sabe o que perdeu”, “Sinceramente” e a mais nova música e já “clipada” pela MTV “Você me faz continuar”. Já participaram do programa Estúdio Coca-Cola, dividindo o palco com Nando Reis e comporam uma das bandas no projeto Acústico MTV Bandas Gaúchas onde tocaram ao lado de Paulo Miklos no excelente rock n’blues “Dia Perfeito”. Recomendo todas essas músicas. E todas as outras que ouvirem. Procurem, escutem e depois digam-me se não estou com a razão. Não é enjoativo como heavy metal, não é ridículo como emocore e nem suicida como a Pitty. O rock da Cachorro Grande é uma mistura de Rolling Stones, Beatles, Titãs em início de carreira e uma pitada de Mutantes. É um rock para cima, animado e jovem. É impossível não gostar. Viva o rock brasileiro! E longa vida a Cachorro Grande!




A banda:
Beto Bruno (voz)
Marcelo Gross (guitarra e vocais)
Gabriel "Boizinho" Azambuja (bateria)
Pedro Pelotas (piano)
Rodolfo Krieger (baixo e vocais)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Extraia os vegetais

Um amigo morno pálido veio me dizer
Que o céu verde granulado pousou sobre você.
Vieste então, sobre a canção uma flor esmorecer.
Bebeste em vão, pois isso mais não, não faz enlouquecer.

Um dread locks muito agitado veio me dizer.
Que cansaste de ficar parado, dormindo e comer.
Encarou uma fila, veio alegria e depois a depressão.
Gostou, senão, e descobriu que fumava em vão.

Um rupestre novo digital veio me dizer.
Que o sabor do limão dominou você.
Sonhaste então, quebraste com cores um concreto são.
Fungaste em vão, pois isso mais não, não faz enlouquecer.

E após toda invasão a consciência veio me dizer:
­_ Você não presta, não se presa, se mata por prazer.
Para que viver como você, sempre em horários comerciais.
Deixe-me morrer, vá se foder e aproveite as plantas medicinais.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Muita Estrela, Pouca Constelação

Hoje na facul estavam expostos os trabalhos interdisciplinares da terceira fase do jornalismo. Bruxaria, espíritas, umbandas, garotos de rua, escoteiros e “hippies”. Todos ótimos. Um, no entanto, me chamou atenção – não só pelo excelente trabalho da desmistificação dos hippes em micróbios – quando estava sentado no lado de fora da Estácio fumando um cigarro com o Santiago: tocou um som do Raul!
Fazia muito tempo que não escutava esse maluco beleza e, obviamente, a música tinha tudo a ver com os micróbios. Eles, que por ideologia são contrários ao consumismo, levam uma vida muito simples: vivem perambulando pelas ruas ( porém com moradia) vendendo seus artesanatos, ganhando o suficiente para alimentar-se e comprar miçangas. E nos faz parar e pensar o porquê dessa correria que anda nossa sociedade. Temos que fazer faculdade, trabalhar cedo, estar sempre bem vestido, falar várias línguas, estudar muito para conquistar o desejado sucesso pessoal e profissional. Mas o que é sucesso para você? O que é para mim!? E parei pra escutar aquela música do Raulzito e vi que essa corrida de cem metros rasos que a sociedade nos impõe tem uma linha de chegada muito podrel: o status.
É sim. É tudo pose. Aparência. Se você tem o carro do ano (opa!), se compra roupa toda semana pra não repetir o visual (o que vão pensar?), se você só vai nas “nights” do momento ( vai ta todo mundo lá!) e se você ficou viciada em flashes, cuidado. Você está na corrida e nem notou porque corre. E meu post, na verdade, é uma dica musical: Muita Estrela, Pouca Constelação, música do Raul Seixas e do Marcelo Nova (Camisa de Vênus).
Pare, escute e pense. Procurem a música. Aqui vai a letra. Abraço.


MUITA ESTRELA, POUCA CONSTELAÇÃO

A festa é boa tem alguém que tá bancando
Que lhe elogia enquanto vai se embriagando
E o tal do ego vai ficar lá nas alturas
Usar brinquinho pra romper as estruturas
E tem um punk se queixando sem parar
E um wave querendo desmunhecarE o tal do heavy arrotando distorção
E uma dark em profunda depressão

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação

E tinha um junkie se tremendo pelos cantos
Um empresário que jurava que era santo
Uma tiete que queria um qualquer
E um sapatão que azarava minha mulher
Tem uma banda que eles já vão contratar
Que não cria nada mas é boa em copiar
A crítica gostou vai ser sucesso ela não erra
Afinal lembra o que se faz na inglaterra

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação

E agora vem a periferia
O fotógrafo, ele vai documentar
O papo do mais novo big star
Pra'quela revista de rock e de intriga
Que você lê quando tem dor de barriga
E o jornalista ele quer bajulação
Pois new old é a nova sensação
A burrice é tanta, tá tudo tão a vista
E todo mundo posando de artista

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Manifesto necessair

A liberdade de imprensa é um bem da sociedade, antes mesmo de ser um direito de profissionais e de empresas ligadas a essa atividade!
Não defendemos ideais partidários, nosso papel é apontar os fatos e questioná-los, independente de quem protagoniza a ação.
Não há como concordar com a globalização neoliberal, que impõe suas garras nas vísceras do terceiro mundo, consumindo qualquer manifesto de sobrevivência. Na luta contra esse mal que consome nossas entranhas, alguns regimes se tornam totalitários e acabam por fazer o mesmo que o “Dragão” neoliberal.
Venho por meio desse breve relato, expor nossa indignação com a atitude do presidente venezuelano e dizer a vocês, caros leitores, que discordamos de qualquer regime totalitário.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

A caminho do retrocesso

A história da humanidade sempre nos mostrou que tendências são seguidas com a mais banal naturalidade. Uma moda. No Império Romano, os imperadores tinham por costume andar por Roma ostentando na cabeça uma coroa de louros. Sinal de poder e magnitude perante seus súditos, plebeus. Assim como a ótima Igreja Católica, nos escuros tempos da Idade Média, tinha por hábito celebrar sua soberania perante os servos do feudo e os nobres do burgo com um “churrasquinho” – os convidados eram sempre a população pobre da região, com o intuito de causar-lhes indigestão. A carne, comprada pelo organizador da festa, o inquisidor, tinha o mais terrível sabor da severidade e injustiça. Não, não! Não comprava filé-agulha e nem o coxão de fora para economizar. Servia, flambado, um herege. Não é mesmo Joana?
E das tendências, destaca-se a moda política. Tivemos impérios, feudos, colônias (ainda temos), socialismo, comunismo e capitalismo. Oligarquias, triunviratos, totalitaristas e, a mais atual e em inicial queda, a petrocracia. Essas modas até são legais, mas se cada uma seguida no seu tempo. Ou todos andam chiques em Paris ou como loucos lisérgicos em Londres. Destoar, contudo, fica muito feio.
E me parece que horripilante está o governo venezuelano do neoditador Hugo Chávez. As recentes tomadas de petrolíferas do país – que em parceria com o Zacarias dos Trapalhões (Evo Morales), está nacionalizando tudo o que vê pela frente –, bem como o “fechamento” do congresso, resultam no obscuro caminho do maior absurdo pragmático que é um governo totalitário. Stalin, exemplo disso, foi o maior assassino da humanidade, matando mais que Hitler. Foram vinte e cinco milhões de vidas. Mao Tsé-Tung, outro narcisista, proibiu o espelho na China, pois considerava a aparência coisa de ocidental. E agora o Hugo não renova a concessão da RCTV só porque ela discorda desse retrocesso governamental? Pô Chávez, tu tá muito fora de moda.

A palestra

Palestras, na maioria das vezes, são marcadas pela monotonia. O apresentador fica ali por horas falando de suas experiências, que nem sempre são interessantes. A platéia atenta corresponde com bocejos, conversas paralelas, enfim, ninguém tem saco para essas apresentações. Mas vou lhes contar sobre uma palestra que não tinha nada de comum, pelo contrário, foi muito hilária.
O jornalista estadunidense, Steve Doig, vencedor do prêmio Pulitzer em 1993, foi convidado pelo consulado de seu país para fazer algumas palestras no Brasil. As apresentações contariam com tradução simultânea, já que o mesmo não fala português. No dia dezessete de maio, a tão esperada palestra chegou a Florianópolis, no auditório do Centro de Comunicação de Expressão da UFSC.
Sempre que possível, participo das palestras de jornalismo e como de rotina participei dessa também. Na entrada do auditório eram entregues transmissores com fones de ouvido para aqueles que não falavam inglês. Ao entrar, notei que havia uma cabine ao fundo com duas moças dentro. O jornalista iniciou a palestra e eu, como não sei quase nada da língua, logo coloquei o fone.
No decorrer da palestra, notei que aquelas duas moças da cabine se revezavam na tradução e que uma já estava familiarizada com o apresentador, repetia até os gestos dele, porém a outra parecia nem saber inglês, a coitada se enrolava toda! Uma parte significativa da platéia não estava usando o fone, o que tornava engraçados certos momentos, como nas piadas contadas por Steve, ocasião em que quem não usava o fone, ria com ele e quem estava usando, só ria depois.
Mas o melhor ainda estava por vir! É comum que ao final de cada palestra, seja aberto o tão esperado espaço para perguntas da platéia. E foi exatamente nessa hora que um dos espectadores, não sei se por enorme concentração ou nervosismo, esqueceu de retirar o fone para fazer a pergunta e acabou ouvindo a tradução em inglês, o pobrezinho repetiu a mesma palavra umas cinco vezes. Assim encerrou a palestra, em que o som dos aplausos deu lugar ao som das gargalhadas.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

A primeira vez

Yeah!
Já que jornalista necessita escrever, hábito muito íntimo, e anseia loucamente por comunicação, abro aqui minha Necessair Mental. Não há uma lógica para este blog. Posso escrever sobre política, futebol, música, poesia, crônica e qualquer outra coisa que fica maior que eu e, às vezes, sai contra minha vontade.
Como esse é o primeiro post a gente fica assim meio sem graça, sem saber o que falar porque não acostumei em escancarar minhas idéias e nervoso por pensar que isso não de certo etcetera e tal. Sou muito da opinião de Winston Churchil: "Em reuniões de gabinete, eu acho muito razoável que todos falem cerca de quarenta minutos, discutam entre si e depois todos concordem comigo" mas aqui estou, também, para aceitar críticas. Fazer o quê.

Todos estão convidados a ler, comentar e, se por ventura, entrar no blog e abrir sua necessair assim como eu. Bem vindos!