De volta ao “acomentado” blog, uma vez que “a” seja um prefixo de negação. O último post, estava de veras melancólico, segundo amigos(as) solidários as minhas produções textuais e a atender seus suplícios, venho por via deste falar sobre algo mais rejuvenescedor. E nada mais prazeroso do que comentar sobre as novidades.
Penultimamente, meus caros, muita leitura. Nada em excesso, pois as férias me permitem gozar áureos tempos de inutilidade total: pés ao léu, winnig eleven e telejornais noturnos. Não que isto me impossibilite de gozar de outras formas; inútil, entretanto, não seria. As leituras, todavia, não as faço através de periódicos locais – muitas linhas e cansativas repetições do óbvio cotidiano. Exerço-as itinerantemente, variando os assuntos. No momento estou cercado de duas revistas e dois livros: Caros Amigos edição de junho, Rolling Stone deste mês e a biografia dos Titãs e as memórias de Paulo Francis, respectivamente. O mensal esquerdista traz na capa o escritor Gabriel Garcia Márquez, uma proeza! Mas a cima da foto do velho bigodudo está a frase desferida por Juca Kfouri (sem piadinhas para com o sobrenome): “ O Pan não serve pra nada”, acusando o eterno presidente do COB, o Nuzman, de ganhar dinheiro em cima do panamericano. Óbvia, e necessária leitura. Revista muito bem elaborada, exceto o Hamilton, comunista de dar pro Mao, justificar o fechamento da RCTV com outras não renovações anglo-saxônicas: incomparáveis. Na Rolling Stone ainda não pus os olhos nos textículos, mas vale dizer que na capa estão Keith Richards e o Depp, o Johnny.
Já que ronquenrrou foi citada, ao pronunciar o nome do sexagenário guitarrista, o livro que segue minhas leituras julinas é “A vida até parece uma festa”, a biografia da maior banda de roque brasileira; eram oito. Toda a trajetória discográfica, ofuscada pela obra prima Cabeça Dinossauro, está, de fato, impressa naquelas quatrocentas páginas – além das passagens bíblicas da banda punk paulista: Arnaldo preso, Sergio e Marcelo competindo quem imitava melhor um aspirador de pó, Belloto pegando a Malu e o Miklos dando uma de ator naquele filme que ele trepa com a Mariana Ximenez. Excepcional!
E como não deixaria de ser, as batatinhas ficam sempre para o final: O afeto que se encerra, memórias de Franz Paulo Trannin da Matta Heilborn, ou Paulo Francis. Comprei a publicação assim que vi e não me dei ao luxo de alongar esta leitura para depois dos Titãs. Jornalista e crítico de arte, o velho da fala teatral construiu carreira sólida dentre os formadores de opinião, sempre polêmico, sarcástico e muito, muito lido. Da época do Pasquim ao Manhattan Connection, Paulo, dotado do melhor humor negro, sempre foi contraditório e irritante – qualidades dignas dos inteligentes. O terror dos comunistas! Maravilha.
Enfim, a última é a palavra Prolegômenos: ou seja, início. Adoro dicionário. Ave Francis!
Penultimamente, meus caros, muita leitura. Nada em excesso, pois as férias me permitem gozar áureos tempos de inutilidade total: pés ao léu, winnig eleven e telejornais noturnos. Não que isto me impossibilite de gozar de outras formas; inútil, entretanto, não seria. As leituras, todavia, não as faço através de periódicos locais – muitas linhas e cansativas repetições do óbvio cotidiano. Exerço-as itinerantemente, variando os assuntos. No momento estou cercado de duas revistas e dois livros: Caros Amigos edição de junho, Rolling Stone deste mês e a biografia dos Titãs e as memórias de Paulo Francis, respectivamente. O mensal esquerdista traz na capa o escritor Gabriel Garcia Márquez, uma proeza! Mas a cima da foto do velho bigodudo está a frase desferida por Juca Kfouri (sem piadinhas para com o sobrenome): “ O Pan não serve pra nada”, acusando o eterno presidente do COB, o Nuzman, de ganhar dinheiro em cima do panamericano. Óbvia, e necessária leitura. Revista muito bem elaborada, exceto o Hamilton, comunista de dar pro Mao, justificar o fechamento da RCTV com outras não renovações anglo-saxônicas: incomparáveis. Na Rolling Stone ainda não pus os olhos nos textículos, mas vale dizer que na capa estão Keith Richards e o Depp, o Johnny.
Já que ronquenrrou foi citada, ao pronunciar o nome do sexagenário guitarrista, o livro que segue minhas leituras julinas é “A vida até parece uma festa”, a biografia da maior banda de roque brasileira; eram oito. Toda a trajetória discográfica, ofuscada pela obra prima Cabeça Dinossauro, está, de fato, impressa naquelas quatrocentas páginas – além das passagens bíblicas da banda punk paulista: Arnaldo preso, Sergio e Marcelo competindo quem imitava melhor um aspirador de pó, Belloto pegando a Malu e o Miklos dando uma de ator naquele filme que ele trepa com a Mariana Ximenez. Excepcional!
E como não deixaria de ser, as batatinhas ficam sempre para o final: O afeto que se encerra, memórias de Franz Paulo Trannin da Matta Heilborn, ou Paulo Francis. Comprei a publicação assim que vi e não me dei ao luxo de alongar esta leitura para depois dos Titãs. Jornalista e crítico de arte, o velho da fala teatral construiu carreira sólida dentre os formadores de opinião, sempre polêmico, sarcástico e muito, muito lido. Da época do Pasquim ao Manhattan Connection, Paulo, dotado do melhor humor negro, sempre foi contraditório e irritante – qualidades dignas dos inteligentes. O terror dos comunistas! Maravilha.
Enfim, a última é a palavra Prolegômenos: ou seja, início. Adoro dicionário. Ave Francis!
2 comentários:
Não é verdade que seu blog é acomentado. Falo muito dele a mim mesmo, horas e horas de discussões que rendem ótimo cochilos vespertinos - sempre após o almoço e o Globo Esporte -, claro.
Ótimos exemplos, mas não se faça de intelectual. Ficas muito tempo naquele winning eleven (que jogas muito mal) e poderia aproveitá-lo mais a fim de adiar suas leituras. Não sei se tens a ciência, mas é bom, disso, interar-se: Paulo Francis quando moleque possuia 6 horas diárias de leituras, sem contar seus estudos colegiais. Ou seja, recolha-se na sua ignorância, pois difícil é ver você chegar, até, ao meu nível intelectual.
Obrigado.
Eu estou comentando, só para deixar claro, não só porque pediu, mas porque eu gostei do que li. Por incrível que pareça, também comprei essa Rolling Stone, e tenho de dizer que me surpreendi, já na edição anterior, comemorativa do aniversário de Star Wars, com o nível da revista, que até então banalizava. Uma mistura de pop, cultualismo e muito texto. Me agradou bastante. Fiquei babando em cima da biografia dos Titãs e digo que há dois livros que seco há séculos nas livrarias: Uma que fala da história do Rock, desde sua origem e outra que trata da biografia de Renato Russo, intelectualista que aprecio desde que me conheço por ouvinte musical. É, um dia me aprofundo nessas leituras.
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