segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Videando

O ócio nem sempre é inútil. Não que seja produtivo. Mas coisas exorcizam-se nele, ainda mais à madrugada. Um poema me saiu. Curtam!
A sua leitura já me basta, um comentário: hipocrisia.

Té!









Para Alexander DeLarge

O que se quer que não se possa ter, pois não terá?
O que se quis dizer naquela vez em que não se quis calar?
E o qual a sua fonte inesgotável?
Aonde o mais fundo poço raso?

Até se tentou sentir o sentimento mais sutil.
Formou-se, de raiva, a maior legião
Espectros em fôrma de gavião
Espantando o mais amável e doce viril.

Quiseram, puderam e sorriram,
Ao mais feliz espancamento
Em que o sangue, nem sempre venoso,
Escorreu pelos ladrilhos.

Alex, um traiçoeiro abraço,
Do leite mais malvado que bebias
Tornou-nos instrumento de magia
Da velha e boa ultraviolence.

Grato!