Hoje na facul estavam expostos os trabalhos interdisciplinares da terceira fase do jornalismo. Bruxaria, espíritas, umbandas, garotos de rua, escoteiros e “hippies”. Todos ótimos. Um, no entanto, me chamou atenção – não só pelo excelente trabalho da desmistificação dos hippes em micróbios – quando estava sentado no lado de fora da Estácio fumando um cigarro com o Santiago: tocou um som do Raul!
Fazia muito tempo que não escutava esse maluco beleza e, obviamente, a música tinha tudo a ver com os micróbios. Eles, que por ideologia são contrários ao consumismo, levam uma vida muito simples: vivem perambulando pelas ruas ( porém com moradia) vendendo seus artesanatos, ganhando o suficiente para alimentar-se e comprar miçangas. E nos faz parar e pensar o porquê dessa correria que anda nossa sociedade. Temos que fazer faculdade, trabalhar cedo, estar sempre bem vestido, falar várias línguas, estudar muito para conquistar o desejado sucesso pessoal e profissional. Mas o que é sucesso para você? O que é para mim!? E parei pra escutar aquela música do Raulzito e vi que essa corrida de cem metros rasos que a sociedade nos impõe tem uma linha de chegada muito podrel: o status.
É sim. É tudo pose. Aparência. Se você tem o carro do ano (opa!), se compra roupa toda semana pra não repetir o visual (o que vão pensar?), se você só vai nas “nights” do momento ( vai ta todo mundo lá!) e se você ficou viciada em flashes, cuidado. Você está na corrida e nem notou porque corre. E meu post, na verdade, é uma dica musical: Muita Estrela, Pouca Constelação, música do Raul Seixas e do Marcelo Nova (Camisa de Vênus).
Pare, escute e pense. Procurem a música. Aqui vai a letra. Abraço.
MUITA ESTRELA, POUCA CONSTELAÇÃO
A festa é boa tem alguém que tá bancando
Que lhe elogia enquanto vai se embriagando
E o tal do ego vai ficar lá nas alturas
Usar brinquinho pra romper as estruturas
E tem um punk se queixando sem parar
E um wave querendo desmunhecarE o tal do heavy arrotando distorção
E uma dark em profunda depressão
Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação
E tinha um junkie se tremendo pelos cantos
Um empresário que jurava que era santo
Uma tiete que queria um qualquer
E um sapatão que azarava minha mulher
Tem uma banda que eles já vão contratar
Que não cria nada mas é boa em copiar
A crítica gostou vai ser sucesso ela não erra
Afinal lembra o que se faz na inglaterra
Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação
E agora vem a periferia
O fotógrafo, ele vai documentar
O papo do mais novo big star
Pra'quela revista de rock e de intriga
Que você lê quando tem dor de barriga
E o jornalista ele quer bajulação
Pois new old é a nova sensação
A burrice é tanta, tá tudo tão a vista
E todo mundo posando de artista
Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação
Fazia muito tempo que não escutava esse maluco beleza e, obviamente, a música tinha tudo a ver com os micróbios. Eles, que por ideologia são contrários ao consumismo, levam uma vida muito simples: vivem perambulando pelas ruas ( porém com moradia) vendendo seus artesanatos, ganhando o suficiente para alimentar-se e comprar miçangas. E nos faz parar e pensar o porquê dessa correria que anda nossa sociedade. Temos que fazer faculdade, trabalhar cedo, estar sempre bem vestido, falar várias línguas, estudar muito para conquistar o desejado sucesso pessoal e profissional. Mas o que é sucesso para você? O que é para mim!? E parei pra escutar aquela música do Raulzito e vi que essa corrida de cem metros rasos que a sociedade nos impõe tem uma linha de chegada muito podrel: o status.
É sim. É tudo pose. Aparência. Se você tem o carro do ano (opa!), se compra roupa toda semana pra não repetir o visual (o que vão pensar?), se você só vai nas “nights” do momento ( vai ta todo mundo lá!) e se você ficou viciada em flashes, cuidado. Você está na corrida e nem notou porque corre. E meu post, na verdade, é uma dica musical: Muita Estrela, Pouca Constelação, música do Raul Seixas e do Marcelo Nova (Camisa de Vênus).
Pare, escute e pense. Procurem a música. Aqui vai a letra. Abraço.
MUITA ESTRELA, POUCA CONSTELAÇÃO
A festa é boa tem alguém que tá bancando
Que lhe elogia enquanto vai se embriagando
E o tal do ego vai ficar lá nas alturas
Usar brinquinho pra romper as estruturas
E tem um punk se queixando sem parar
E um wave querendo desmunhecarE o tal do heavy arrotando distorção
E uma dark em profunda depressão
Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação
E tinha um junkie se tremendo pelos cantos
Um empresário que jurava que era santo
Uma tiete que queria um qualquer
E um sapatão que azarava minha mulher
Tem uma banda que eles já vão contratar
Que não cria nada mas é boa em copiar
A crítica gostou vai ser sucesso ela não erra
Afinal lembra o que se faz na inglaterra
Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação
E agora vem a periferia
O fotógrafo, ele vai documentar
O papo do mais novo big star
Pra'quela revista de rock e de intriga
Que você lê quando tem dor de barriga
E o jornalista ele quer bajulação
Pois new old é a nova sensação
A burrice é tanta, tá tudo tão a vista
E todo mundo posando de artista
Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação
Um comentário:
Muito lógico esse texto, mas eu acredito que exista uma dúvida no ar que nem eu saberia responder.
Essa "pose" que você comenta pode ser rusultado de uma outra conta; que poderia ser: a busca insesante pelo poder e não por status.
Argumentos: desde os primórdios o homem necessita de status para poder comer a melhor carne ou ter a melhor mulher. Porém para ter uma mercedez -pose- é preciso ter o poder.
Portanto não consegui definir se a busca é pelo status ou pelo poder?
Perdoe pssíveis erros de português, porém, como naum sou escritor e totalmente favorável a neolinguagem digital adotada atualmente pelo jovens, naum me preocupo com tais erros.
Ass. RH
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