quinta-feira, 31 de maio de 2007

A caminho do retrocesso

A história da humanidade sempre nos mostrou que tendências são seguidas com a mais banal naturalidade. Uma moda. No Império Romano, os imperadores tinham por costume andar por Roma ostentando na cabeça uma coroa de louros. Sinal de poder e magnitude perante seus súditos, plebeus. Assim como a ótima Igreja Católica, nos escuros tempos da Idade Média, tinha por hábito celebrar sua soberania perante os servos do feudo e os nobres do burgo com um “churrasquinho” – os convidados eram sempre a população pobre da região, com o intuito de causar-lhes indigestão. A carne, comprada pelo organizador da festa, o inquisidor, tinha o mais terrível sabor da severidade e injustiça. Não, não! Não comprava filé-agulha e nem o coxão de fora para economizar. Servia, flambado, um herege. Não é mesmo Joana?
E das tendências, destaca-se a moda política. Tivemos impérios, feudos, colônias (ainda temos), socialismo, comunismo e capitalismo. Oligarquias, triunviratos, totalitaristas e, a mais atual e em inicial queda, a petrocracia. Essas modas até são legais, mas se cada uma seguida no seu tempo. Ou todos andam chiques em Paris ou como loucos lisérgicos em Londres. Destoar, contudo, fica muito feio.
E me parece que horripilante está o governo venezuelano do neoditador Hugo Chávez. As recentes tomadas de petrolíferas do país – que em parceria com o Zacarias dos Trapalhões (Evo Morales), está nacionalizando tudo o que vê pela frente –, bem como o “fechamento” do congresso, resultam no obscuro caminho do maior absurdo pragmático que é um governo totalitário. Stalin, exemplo disso, foi o maior assassino da humanidade, matando mais que Hitler. Foram vinte e cinco milhões de vidas. Mao Tsé-Tung, outro narcisista, proibiu o espelho na China, pois considerava a aparência coisa de ocidental. E agora o Hugo não renova a concessão da RCTV só porque ela discorda desse retrocesso governamental? Pô Chávez, tu tá muito fora de moda.

A palestra

Palestras, na maioria das vezes, são marcadas pela monotonia. O apresentador fica ali por horas falando de suas experiências, que nem sempre são interessantes. A platéia atenta corresponde com bocejos, conversas paralelas, enfim, ninguém tem saco para essas apresentações. Mas vou lhes contar sobre uma palestra que não tinha nada de comum, pelo contrário, foi muito hilária.
O jornalista estadunidense, Steve Doig, vencedor do prêmio Pulitzer em 1993, foi convidado pelo consulado de seu país para fazer algumas palestras no Brasil. As apresentações contariam com tradução simultânea, já que o mesmo não fala português. No dia dezessete de maio, a tão esperada palestra chegou a Florianópolis, no auditório do Centro de Comunicação de Expressão da UFSC.
Sempre que possível, participo das palestras de jornalismo e como de rotina participei dessa também. Na entrada do auditório eram entregues transmissores com fones de ouvido para aqueles que não falavam inglês. Ao entrar, notei que havia uma cabine ao fundo com duas moças dentro. O jornalista iniciou a palestra e eu, como não sei quase nada da língua, logo coloquei o fone.
No decorrer da palestra, notei que aquelas duas moças da cabine se revezavam na tradução e que uma já estava familiarizada com o apresentador, repetia até os gestos dele, porém a outra parecia nem saber inglês, a coitada se enrolava toda! Uma parte significativa da platéia não estava usando o fone, o que tornava engraçados certos momentos, como nas piadas contadas por Steve, ocasião em que quem não usava o fone, ria com ele e quem estava usando, só ria depois.
Mas o melhor ainda estava por vir! É comum que ao final de cada palestra, seja aberto o tão esperado espaço para perguntas da platéia. E foi exatamente nessa hora que um dos espectadores, não sei se por enorme concentração ou nervosismo, esqueceu de retirar o fone para fazer a pergunta e acabou ouvindo a tradução em inglês, o pobrezinho repetiu a mesma palavra umas cinco vezes. Assim encerrou a palestra, em que o som dos aplausos deu lugar ao som das gargalhadas.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

A primeira vez

Yeah!
Já que jornalista necessita escrever, hábito muito íntimo, e anseia loucamente por comunicação, abro aqui minha Necessair Mental. Não há uma lógica para este blog. Posso escrever sobre política, futebol, música, poesia, crônica e qualquer outra coisa que fica maior que eu e, às vezes, sai contra minha vontade.
Como esse é o primeiro post a gente fica assim meio sem graça, sem saber o que falar porque não acostumei em escancarar minhas idéias e nervoso por pensar que isso não de certo etcetera e tal. Sou muito da opinião de Winston Churchil: "Em reuniões de gabinete, eu acho muito razoável que todos falem cerca de quarenta minutos, discutam entre si e depois todos concordem comigo" mas aqui estou, também, para aceitar críticas. Fazer o quê.

Todos estão convidados a ler, comentar e, se por ventura, entrar no blog e abrir sua necessair assim como eu. Bem vindos!